sexta-feira, 20 de maio de 2011

Música nas penitenciárias

Imagem de
ascobom.org.br
Fala galeraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa


Incentivar e divulgar novos talentos musicais dentro das Penitenciárias do Estado de Minas Gerais. Esse é o objetivo do Projeto Integração Social, que existe desde 2005. Criado por Estadeu Costa, falecido ano passado, ele foi aprovado pela Lei de Incentivo a Cultura Federal, gerando o Festival de Música do Sistema Penitenciário de Minas Gerais (FESTIPEN). O evento contou com apoio da Secretaria de Estado de Defesa Social e da Secretaria de Estado da Cultura de Minas Gerais, com mais de 400 músicas inscritas e uma comissão julgadora que incluiu compositores, músicos, intérpretes e membros do SASE. Sem instrumentos musicais, os detentos utilizaram objetos como latas, embalagens de xampu, copos e caixas de fósforos, além do pitbox, aqueles barulhos produzidos pela boca que imitam sons de mixagens de DJ’s. Conhecem o Fernandinho Beat Box? Pois é, tipo isso. Legal, não?

No início, foi difícil conseguir recursos para a viabilização do projeto, uma vez que nenhuma organização se sentiu confortável em associar sua imagem à marca dos presídios. Segundo Estadeu, muitas pessoas achavam que eles não seriam capazes de conseguir patrocínio. Porém, após a realização do festival e da seleção das 15 melhores músicas eleitas pela comissão, foi lançado o álbum Vozes das Celas, gravado em estúdio, patrocinado pela Copasa, Deflor Bioengenharia e W&M do Brasil S.A (Mannesmann).

De onde veio a idéia para um projeto tão bacana como esse? Bom, Estadeu trabalhou 29 anos como delegado e em várias seccionais que possuíam anexos carcerários, e acabou identificando vários detentos que tinham um dom para a música. Como decorrência desse festival, a Secretaria de Estado de Defesa Social criou na grade curricular dos internos o Ensino Musical e alguns grupos ou corais começaram a ser criados.
“Troque sua arma por um instrumento e seu ódio por uma canção”. Com esse slogan o Projeto Integração Social chegou à sua quarta edição. Mesmo com a morte de seu idealizador, ele continua nas mãos de sua filha, Ana Paula Bertolini Costa. Esperamos que seja assim daqui pra frente, sempre com alguém responsável por administrar o projeto.

O poder da música é inegável gente; essa arte ajuda muitas pessoas neste mundo, pois através dela conseguimos expressar idéias, sentimentos e pensamentos que talvez tenhamos medo ou vergonha de dizer normalmente. No caso dos presidiários, alguns transformam o rancor, a raiva ou o ódio em poesia. E isso já é algo extremamente positivo não só para eles mesmos, em seu processo de re-integração à sociedade, mas para todos nós, que temos a chance de viver em um lugar mais pacífico. Além disso, nada como uma boa música para alegrar e distrair os detentos dentro de um ambiente tão pesado como a cadeia, não?

Vejam abaixo uma matéria de 2008 sobre o coral Vozes da Cela, da cidade de São Lourenço. Créditos à UFMG Educativa!


Fontes:
UFMG Educativa


:P

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