sexta-feira, 1 de julho de 2011

Uma Beyoncé independente

Imagem de rollingstone.com.br

Fala galeraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Escutei hoje o quarto álbum solo da Beyoncé Knowles, 4, e tenho muito o que falar antes de analisar as músicas, já que o processo de produção do trabalho explica o que ele se tornou e chegou às mãos do público no final de junho. Baseio-me em um vídeo postado em seu site oficial, cujo nome é “Year Of 4”.

Começo pelo fato de que este álbum é o primeiro feito pela cantora sem o pai como empresário, o que acabou sendo um desafio para ela ter essa independência. Por outro lado, ao mesmo tempo em que se viu sozinha, viu a situação como oportunidade de fazer o que quisesse; ela até alugou o estúdio onde gravou as faixas com o próprio dinheiro. Outro fator que contribuiu para o resultado do disco foi o tempo que tirou de férias em 2010, após uma turnê cansativa do extremamente bem-sucedido I Am...Sasha Fierce, de 2008. Praticou mergulho, andou de bicicleta, nadou, enfim, tirou o ano para descansar e buscar inspiração para o que estava por vir.

A música de trabalho “Run The World (Girls)” foi trabalhada com bastante cautela, não só por ser o primeiro single, mas também porque foca na dança. Por isso, Beyoncé queria gravar um clipe que transmitisse a energia da canção através de seus ritmos africanos. Ela usou como base da coreografia uma dança realizada pelo grupo Tofo Tofo, que estava no YouTube e havia lhe encantado. Foi preciso trazer os integrantes aos Estados Unidos, uma vez que tinha uma semana para elaborar os passos e seus dançarinos – não por falta de qualificação – não estavam conseguindo apresentá-la do mesmo jeito que os africanos. Depois de muito trabalho duro, a jovem de 29 anos até se emocionou ao vê-los indo embora, por ter se identificado com eles e sua paixão pela música. Como ela mesma diz, não está preocupada com vendas, mas em fazer música porque a ama.

Agora: por que 4? Bom, não é por ser seu quarto CD solo - pelo menos ela não mencionou isso no vídeo -, mas por ser o número favorito da cantora desde criança, o dia em que nasceu, juntamente da mãe e do marido, e o aniversario de seu casamento. O final do vídeo mostra a reação da Columbia Records ao disco, bem positiva, diga-se de passagem, e ao sair da reunião ela diz: “Estou feliz que acabou”. Realmente, produzir um álbum por conta própria não é pra qualquer um. “Não tenho que provar nada a ninguém. Só tenho que seguir meu coração e me concentrar no que quero dizer ao mundo. Eu domino o mundo”, completa na cena final do pequeno documentário. Ambiciosa, não?

Músicas? O trabalho não tem nenhuma “Crazy In Love” ou “Single Ladies”, pelo menos na minha opinião. O single “Run The World (Girls), apesar de ter boas batidas e tudo mais, não me agradou e parece que nem o público, pois não bombou nas paradas como singles anteriores. Já a segunda canção de trabalho, “Best Thing I Never Had”, é beeem melhor. Lembra um pouco “Irreplaceable”, tanto na composição quanto na melodia. Outra de som similar é “1+1”, que abre o disco, mas que é mais lenta, sem praticamente nenhuma batida, e na qual Beyoncé solta a voz em algumas notas, como nunca tinha ouvido antes. “I Miss You” me lembrou de Leona Lewis devido à sonoridade da voz da norte-americana e dos ritmos.


Calma, tem faixas animadas também. “Countdown” é boa pra dançar e traz muito do hip hop já conhecido da cantora; digo o mesmo de “End Of Time”, que no início não havia gostado, mas depois de vê-la ser apresentada ao vivo em Glastonbury acabei mudando de idéia. “Party”, com participação de Andre 3000, vem logo depois de quatro baladas e dá até uma levantada de ânimo no CD, mas não gostei muito.

Se pudesse eleger as melhores, diria “I Care”, cujo som é similar ao da romântica “Halo” e possui um solo de guitarra ótimo na parte final, e a dançante “Love On Top”, que traz um R&B gostoso, estilo Motown. Para representar 4 e o que esse álbum é para Beyoncé, escolho “I Was Here”. Agora ouçam vocês mesmos e vejam se curtem o trabalho da talentosa artista.

Fontes:


:P

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