Estamos chegando a mais um final de ano, que aliás, passou voando!!!Mas o próximo reveillon é mais especial ainda porque entraremos em uma nova década. Há 10 anos estávamos na virada do milênio, agora a sua primeira década já acabou e tem muitas histórias interessantes para contar!
Primeiramente, vocês não imaginam o quanto eu mudei em 10 anos; é realmente assustador, mas para melhor, assim espero! Passei de uma menina que só usava rabo-de-cavalo e ouvia boybands e Britney Spears para uma adulta que usa maquiagem, cabelo solto (quando não está calor demais) e que ampliou o seu gosto musical para hip/hop, rock, música erudita e artistas anteriores ao ano de seu nascimento (1989). Ainda bem que evolui né? E pretendo ainda mais no futuro!
Em relação a música, quanta coisa do cenário musical mudou! Mas se for falar tudo este post não vai acabar nunca, por isso, citarei apenas aquelas que eu observei.
1) Boybands passaram de centro para periferia da indústria
A década de 1990 foi marcada pela disseminação das boybands pelo mundo inteiro: Take That, New Kids From The Block, Backstreet Boys, N'Sync, Five, Boyzone, Westlife, entre outros. Formados por 4 ou 5 jovens bem bonitos e de personalidades diferentes, esses grupos eram o delírio das meninas. As canções, em sua maioria, sobre amor e com letras que hoje lemos com mais atenção e pensamos o quão bregas e melosas elas são. Porém, o mais legal das boybands eram seus videoclipes e shows; todos uma super-produção, com coreografias e efeitos sonoros e de iluminação super bem-feitos. Jamais iremos esquecer de "Everybody", dos garotos da rua de trás, e dos shows do N'Sync e do Five no Rock In Rio de 2001 no Brasil. Hoje em dia estão ultrapassados, mas sentirei falta daquela época.
Agora, as boybands que restaram, uma vez que grande parte delas desmembrou-se, adaptaram seus estilos para o que mais vende atualmente, hip/hop e dance, ou produzem músicas mais tranquilas, que não exigem muita dança; afinal, os garotos envelhecem um dia, não é mesmo?
E até com essas mudanças para a sobrevivência, o sucesso não se manteve igual, pois os fãs também cresceram e começaram a gostar de outros artistas, como eu. É claro que uma música ou outra é ótima, porém, o delírio e a vontade de comprar um cd não são mais os mesmos. O apelo das boybands praticamente reduziu a um ponto bem próximo de zero.
2) Pop dá lugar ao eletrônico e black music.
Vimos nesta década uma transformação do pop baladinha em um pop mais dançante, rápido, com sons digitais e batidas. Ou seja, o pop continua sendo, assim por dizer, extremamente popular, mas de uma outra forma. Os Backstreet Boys de antigamente deram lugar a um Justin Timberlake meio rapper, que mudou o visual, raspando a cabeça e usando um chapéu estilo Michael Jackson. Por aí vieram Chris Brown, Rihanna, Beyoncé, Jay-Z e outros artistas que souberam misturar o pop com algo mais vivo, animado e que atendeu às necessidades de um público cansado de músicas excessivamente românticas. Exemplos que souberam lidar bem com essa mudança dos anos 1990 para os anos 2000 foram Britney Spears, Westlife e Mariah Carey.
3) Bandas de pop/rock voltam a emergir
Enquanto as boybands perderam espaço, outras bandas com maior apelo ao rock ocuparam seus lugares. Vimos o Linkin Park se sobressair, Nickelback, Coldplay, Three Doors Down, The Killers, Foo Fighters, e mais recentemente o Kings Of Lion. Mesmo não sendo um rock rock estilo Nirvana ou Guns N' Roses, esses homens trouxeram de volta aquelas cabeças que balançam de cima pra baixo nos shows, um público com maior presença masculina (não vamos negar que mais da metade daqueles que iam nos shows de boybands eram mulheres) e uma grande variedade de estilos. Até no Brasil, artistas similares surgiram para fazer companhia ao Capital Inicial, Skank, Jota Quest e Charlie Brown Jr, como Nx Zero e Fresno.
4) Mulheres destacam-se cada vez mais
Aquelas mulheres com músicas bonitinhas deram lugar a mulherões, independentes e com vozes e letras fortes. Vimos uma menina skatista revoltada chamada Avril Lavigne, uma Beyoncé que nos faz dançar horrores e nos apaixonar por suas canções, uma Carrie Underwood que trouxe de volta à tona a country music nos Estados Unidos, uma mulher de 47 anos que emocionou o mundo inteiro com sua voz chamada Susan Boyle. Enfim, isso nos faz lembrar o tanto que o poder feminino está presente na música hoje. Dez anos atrás, quem se destacava no ramo musical eram Britney, Cristina Aguilera, Sandy, Ivete Sangalo, Shakira; podiam ter outras, mas o sucesso não era o mesmo. Hoje temos as citadas anteriormente, mais Pink, Katy Perry, Lady Gaga, LeAnn Rimes, Pitty, Mallu Magalhães, Taylor Swift, Gabriella Cilmi, Colbie Caillat, Cláudia Leite, Amy Winehouse. Preciso dizer mais? Querem mais diversidade?
5) A música está se misturando!
Por fim, notei uma coisa bem legal. Hoje, vemos artistas de estilos diferentes juntando-se e produzindo algo bacana. A MTV criou o Estúdio Coca-Cola, programa que juntava cantores como Vanessa da Matta e Charlie Brown Jr, Cláudia Leite e CPM 22, Fresno e Chitãozinho e Xororó. Ou artistas pegam músicas de outros e produzem algo novo, como Kanye West com o Daft Punk (Stronger), Benni Benassi com The Mamas And The Papas (California Dreamin), Flo Rida com Eiffel 65 (Sugar), Eminem com Martika (Like Toy Soldiers). E temos também os que fazem o contrário: cantam músicas recentes como se fossem antigas, os The Baseballs.
Acho que temos hoje uma diversidade musical que deve ser valorizada e levada adiante.
Bom, depois de escrever isso tudo, e deixando de falar de muita coisa, como a morte de Michael Jackson, o retorno tosco do Guns N' Roses e o Brasil se tornando rota dos grandes shows internacionais, acho que falei o que queria ter falado sobre a década de 2000. Ficou muito superficial, mas falei o que eu observei; e como eu realmente amadureci nesta década, minhas palavras ficaram restritas à cena pop. Espero que curtam meus comentários!
Ouvindo Bono & Mary J. Blige - One Love
:P
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