Fala galeraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Minha mãe me mostrou uma reportagem bem bacana no Estado de Minas do último domingo, dia 14, que merece comentários aqui. Ela foi escrita por Mariana Peixoto e Ailton Magioli e fala, principalmente, sobre os shows que deixam de ser realizados na capital mineira por causa de falta de público.
Realizar shows é complicado, disso não há dúvida. Agora, imagine conseguir marcar uma data com um artista internacional conhecido. Também não é fácil. Mas tente imaginar o que é ver todo o seu esforço para um público que não é nem a metade do que você esperava. Deve ser horrível. Muita gente de BH reclama que nenhum cantor ou cantora renomado vem para cá dar shows, ficando apenas no eixo Rio-São Paulo e na região sul. Porém, quando tal pessoa finalmente vem, as pessoas não comparecem. Sim, os ingressos são caros, especialmente quando você não paga mais meia-entrada; mas nas outras cidades não é muito diferente e as casas geralmente lotam. Então, qual o problema?
Vou pegar alguns casos recentes para tentar explicar. A apresentação do 50 Cent, por exemplo, acredito ter sido um fracasso porque o rapper, de fato, não está nos holofotes como alguns anos atrás. Para falar a verdade, os últimos álbuns dele venderam muito pouco se for comparar com Get Rich Or Die Tryin', de 2003. Ou seja, acho que se o show dele tivesse sido realizado em 2004 ou 2005, teria vendido mais ingressos. Outro caso é o do Placebo, outra banda que estava meio sumida e deu um show no Chevrolet Hall para menos da metade da capacidade do local. Sem contar o fato de que BH tem aproximadamente 2,5 milhões de pessoas, enquanto o Rio tem mais de 6 milhões e São Paulo 11 milhões. A chance de mais gente comprar é maior.
Por outro lado, em 2009, tivemos Alanis Morissette cantando para 5.400 pessoas, em um concerto que até eu fiquei surpreendida com o número de pessoas que compareceram. Depois vieram The Cranberries, A-ha e Isa TKM, que também tiveram casa cheia. A brasileira Ana Carolina também teve um público muito bom em sua passagem pela cidade. Mas convenhamos, Alanis, Cranberries e A-ha você nem compara com 50 Cent - desculpa aos fãs do rapper. Eles podem não estar nos holofotes há algum tempo, mas têm uma história na música muito mais bem-sucedida e conhecida. Isa e Restart são febres atuais. Além disso, seu público é praticamente adolescente, portanto, ainda paga um preço mais acessível.
Belo Horizonte é uma incógnita, realmente. Para acrescentar, ainda temos um problema em relação a compra de ingressos: a população deixa para comprar em cima da hora e até mesmo nos shows, chega em cima da hora. Uma ou duas semanas atrás, a banda Roupa Nova veio dar um show e na hora marcada para começar ainda haviam milhares de pessoas fora do estabelecimento. Aliás, a Avenida do Contorno, que dá acesso a avenida do Chevrolet Hall, estava um caos.
Enfim, vamos esperar para ver como será a recepção ao rei das trevas, Ozzy Osbourne, em abril de 2011. Backstreet Boys, Paramore, Pearl Jam e Roxette também já possuem datas marcadas para se apresentar em BH, segundo a produtora Nó de Rosa. Será que eles vão levar mais um bolo dos mineiros? Espero que não, pois isso seria uma vergonha imensa.
Fontes:
http://www.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_19/2010/11/14/ficha_musica/id_sessao=19&id_noticia=31018/ficha_musica.shtml
:P
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